Construir vigilância do Aedes aegypti para juntos pensarmos em estratégias de controle adaptadas à Maré.
O mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como dengue, zika e chikungunya, está cada vez mais presente, se espalhando pelo Brasil inteiro. A gente precisa achar formas novas e mais eficientes de combater esse mosquito. Mas como fazer isso em uma área tão especial e cheia de desafios como a favela?
O projeto Entomofavela está aqui para isso! Ele busca entender onde o Aedes está se criando na Maré e o que está ajudando esse mosquito a se espalhar, como questões ligadas ao ambiente e ao dia a dia da comunidade. E o mais legal é que tudo isso é feito junto com moradores da Maré, que viram agentes populares e ajudam a monitorar os mosquitos. O estudo é coordenado pela FIOCRUZ e conta com a força da própria comunidade para enfrentar esse problema.
Mensalmente, a gente vai juntar as informações sobre onde os mosquitos Aedes aegypti estão mais presentes com dados como temperatura, umidade e chuva. Isso vai ser feito com a ajuda de mapas e tecnologia de geoprocessamento. Depois, tudo será compartilhado e discutido com as organizações sociais, associações de moradores e escolas das áreas que participam do projeto.
O objetivo é entender como as mudanças no clima e no ambiente podem estar influenciando o aumento desses mosquitos.
Metodologia do projeto
Escolha das áreas do estudo
A escolha dessas comunidades foi feita com base em estudos e dados gerados pela própria Maré, como o Relatório Respira Maré e Censo da Maré (2019), da Redes da Maré, informações sobre saneamento, da Organização CocôZap e dados urbanísticos fornecidos pelo Observatório de Favelas.
Comunicação com a comunidade
Os resultados deste projeto serão apresentados nesse site e eventos de divulgação onde distribuímos materiais didáticos sobre como se livrar do Aedes.
Formação dos Agentes Populares
Em 2024 foi feita uma oficina sobre Vigilância Entomológica e Controle e Prevenção do Aedes aegypti oferecida para jovens da Maré, com certificado de participação. Três deles foram selecionados para participarem do projeto.
Atividades laboratoriais
Todo mês eles vão nas casas instalar as armadilhas, e voltam na semana seguinte para recolhe-las. Em seguida, levam o material para FIOCRUZ para as atividades laboratoriais. Importante destacar que, durante as visitas nas casas, eles estarão sempre identificados com uniforme e crachá da FIOCRUZ.
1. Escolha das áreas do estudo
Foram escolhidas três favelas da Maré com alta densidade populacional e diferentes características ambientais entre si.
Parque União (20.567 - 14,8% da população total)
Nova Holanda (13.799 - 9,9% da população total)
Vila do Pinheiro (15.600 - 11,2% da população total)
Mapa das comunidades com locais onde as armadilhas, para ovos de Aedes, estão sendo monitoradas.
2. Formando agentes populares
Selecionamos um agente para cada comunidade: Luiz na Vila Pinheiro, Marcela na Nova Holanda e Beth no Parque União. Na FIOCRUZ, receberam treinamento sobre a biologia do Aedes aegypti, formas de prevenção e combate às arboviroses, comunicação com a comunidade sobre com combater a proliferação do mosquito, e práticas laboratoriais.
Todo mês eles vão nas casas instalar as armadilhas, e voltam na semana seguinte para recolhe-las. Em seguida, levam o material para FIOCRUZ para as atividades laboratoriais. Importante destacar que, durante as visitas nas casas, eles estarão sempre identificados com uniforme e crachá da FIOCRUZ.
3. Atividades laboratoriais
Na FIOCRUZ, os agente populares irão:
Contar a quantidade de ovos
Criar as larvas
Identificar as espécies (Aedes aegypti ou Aedes albopictus)
Com estes resultados faremos mapas de calor identificando a dinâmica de distribuição e a densidade dos mosquitos nas três áreas da Maré, ao longo dos meses
4. Trabalhando a Comunicação com base na realidade da Maré
Os resultados de distribuição e densidade do Aedes serão continuamente apresentados neste site. Estamos também em constante diálogo com as organizações do território para a construção de material de apoio e divulgação sobre o combate ao Aedes aegypti.
Conheça o folheto da campanha “10 minutos contra o Aedes” que nesta versão Maré, foi adaptado por moradores do território.
Realizamos exposições em atividades de divulgação e promoção à saúde em eventos para a população.
Equipe do IOC
Ademir Martins
(LBCVIV / IOC)
J. Bento Lima
(LBCVIV / IOC)
Vincent Corbel
(IOC / LBCVIV / IOC)
Equipe Geografia
Michele Planta
(Dout / BP / IOC)
Izabel Reis
(ICICT / IOC)
Christovam Barcellos
(ICICT / IOC)
Equipe Estratégia de Desenvolvimento Territorial Fiocruz-Maré
Marcia Lenzi
(RI / Presidência)
Gabriela Azevedo de Aguiar
(RI / Presidência)
Equipe Agentes
Ademir Martins
(Nova Holanda)
J. Bento Lima
(Parque União)
Vincent Corbel
(Vila Pinheiro)
Site
Amapola Rios
(Cosmoteca)
Conheça Equipe Entomofavela