Vigilância de base comunitária do Aedes aegypti no Complexo da Maré

Informação e comunicação para se pensar práticas comunitárias contra um poderoso inimigo comum. 

 

Coordenador: Ademir de Jesus Martins Junior  

Matrícula SIAPE: 1603041  | Unidade da Fiocruz: IOC/ LBCVIV  

Formação: Biólogo, bel Genética, Mestrado e Doutorado em Biologia Parasitária 

Vínculo em PPG: docente permanente no PPGBP/IOC  

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Coordenadora adjunta: Márcia de Freitas Lenzi  

Matrícula SIAPE: 0462572   | Unidade da Fiocruz: Presidência  

Assessoria de Relações Institucionais da Presidência 

Coordenadora Adjunta, Estratégia de Desenvolvimento Territorial Maré/Fiocruz  

Formação: Graduação Letras/UERJ;  

Mestrado Educação/University of Hertfordshire-UK; 

Doutorado Saúde Pública/ENSP-Fiocruz 

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RESUMO 

O controle do Aedes aegypti tem sido ineficiente para impedir a expansão das arboviroses no país, especialmente em áreas de alto adensamento populacional e infraestrutura sanitária deficitária como as favelas. Estratégias de vigilância de base comunitária e  formas de controle alternativas, incluindo novos inseticidas (iRNA, fungos,  repelentes espaciais, armadilhas tóxicas) e liberação de mosquitos alterados (RIDL, SIT, Wolbachia) são incentivadas pelo Plano Global de Resposta para o Controle de Vetores (2017- 2030) da OMS, desde que embasadas na pesquisa científica, vigilância e participação comunitária, adaptadas às condições locais. As favelas são regiões densa e desorganizadamente povoadas, onde os serviços de fornecimento de água encanada e coleta de lixo e esgoto são geralmente precários, tornando-as habitats ideais para o Aedes aegypti. Somado a isso, a ocupação desses territórios por grupos armados ligados ao tráfico de drogas, dificultam o acesso e o desenvolvimento de políticas públicas e programas de prevenção e controle de vetores. Nossa proposta inicia um projeto de vigilância entomológica e ambiental de base comunitária para o planejamento do controle do Aedes aegypti no território da Maré, incluindo teste de novas ferramentas de controle adequadas às condições locais, a serem executadas exclusivamente por agentes locais treinados em vigilância entomológica no escopo desse projeto. Neste piloto, abrangeremos as 03 das 16 favelas da Maré com maior densidade populacional: Parque União (20.567 – 14,8% da população total), Vila dos Pinheiros (15.600 – 11,2%) e Nova Holanda (13.799 – 9,9% (dados do Censo Maré, 2019). Os resultados nos guiarão para ampliação futura do projeto, orientando de forma mais precisa as formas de controle do Aedes mais direcionadas a esse território. Também será feito o registro da densidade do Aedes albopictus nesse território.  

 

Introdução  

 

As condições ideais para a alta densidade do mosquito Aedes aegypti nas favelas agravam a situação de vulnerabilidade sanitária nestes territórios. É necessário que exista um sistema de vigilância eficiente para indicar mais assertivamente as áreas de concentração da presença do vetor, a fim de que ações de controle baseadas em evidências de campo sejam planejadas  

 

A instabilidade na segurança e constantes conflitos na região dificultam a entrada de ações do Estado e de instituições de pesquisa. Tornando a vigilância popular numa importante ferramenta para a uma ação contínua de vigilância do vetor.  

A Maré oferece condições para um teste piloto desta tese. Trata-se de um bairro densamente povoado (aproximadamente 140 mil pessoas, pelo Censo Maré de 2019), com graves questões sanitárias e exposto à violência decorrente de disputas entre 3 facções criminosas. Apesar disso, o tecido social é robusto e articulado, com organizações sociais de base comunitária bastante atuantes. As ações de mobilização e combate à Covid-19, articuladas com a Fiocruz, entre outros parceiros, demonstraram o alto poder da comunicação popular para o enfrentamento às emergências sanitárias e potencialidades da participação popular na elaboração de políticas públicas. É neste cenário que pretendemos levar nossa pesquisa com métodos adaptados à situação local, objetivando promover a saúde desta população.   

 

Justificativa  

 

Altamente adaptado a desenvolver o seu ciclo de vida em territórios urbanos, o mosquito Aedes aegypti tem uma maior densidade vetorial em espaços caracterizados por uma forte concentração populacional, serviço precário de coleta de lixo e insegurança hídrica. Seu controle se dá tradicionalmente pela eliminação de criadouros com a presença de larvas e/ou pelo uso de  inseticidas. Aliado a esse cenário, a crise climática global tem reflexos mais expressivos em áreas com menor atuação de políticas públicas, densamente povoadas, com baixa arborização, cercadas de vias expressas e com possibilidade de inundações, como a Maré, gerando ilhas de calor e alto índice de poluição do ar, conforme dados produzidos pelo relatório Respira Maré (Redes da Maré, 2023). 

 

Além disso, devido à permanente deficiência no fornecimento de água encanada em áreas de favelas, a cultura de armazenamento é fortemente observada, principalmente no verão, o que interfere na densidade populacional do mosquito, entre outros problemas de saúde.  

 

Também é importante condição para o aumento da presença do vetor nas periferias, o grande acúmulo de recipientes descartáveis não recolhidos que se transformam em criadouros potenciais pela possibilidade de acumularem água. Tendo em vista a precária atuação das políticas públicas, incluindo as de controle vetorial nesses territórios, é de grande relevância a participação popular em ações territorializadas de vigilância e controle domiciliar do vetor para suprir a falta de um controle vetorial específico planejado para essas áreas negligenciadas, com o propósito de mitigar a ocorrência de casos e óbitos. Cabe ressaltar que em 2023/2024 o Brasil registrou, aproximadamente 5 milhões de casos e mais de 3.000 mortes até o mês de Maio, segundo o Ministério da Saúde, caracterizando essa epidemia como a pior dos últimos 40 anos desde a introdução do Ae.aegypti nas áreas urbanas do Brasil. As especificidades desses territórios, que não são homogêneos em termos de indicadores socioambientais, também fazem com que a participação de moradores das comunidades seja fundamental para o mapeamento e vigilância do vetor, orientando as ações de controle.  Novas estratégias devem considerar condições reais e, portanto, é ideal que sejam avaliadas e implementadas onde o controle seja mais desafiador. Considerando todas as complexidades relacionadas ao controle do Aedes somadas às condições de vida das populações periféricas, nosso projeto propõe o início da estruturação de um processo de vigilância e controle vetorial com participação de agentes locais e adaptado às condições territoriais e sociais de uma área de favela.  


Objetivo geral  

 

Considerando toda a complexidade relacionada ao controle do Aedes somada às condições de vida das populações periféricas, nosso projeto propõe a estruturação de um processo de vigilância entomológica e avaliação de novas estratégias de controle vetorial adaptadas às condições territoriais e sociais de uma área de favela. As atividades serão realizadas por jovens do território, qualificados pela Fiocruz para atuação como agentes comunitários aptos a realizarem atividades de vigilância entomológica e análise biológica do material coletado, possibilitando o registro de presença e densidade do vetor no tempo e no espaço, associados a dados climáticos, socioambientais e epidemiológicos. O processo de treinamento e seleção desses agentes obedecerá à paridade de gênero dentro de uma perspectiva inclusiva e equitativa de formação. Trata-se de um projeto piloto a ser desenvolvido em favelas da Maré, com perspectivas de ser expandido para demais áreas deste território. 

 

Produtos/resultados ao final do projeto:   

a. Produtos/serviços

  • Nova tecnologia/metodologia experimental para vigilância e controle de Aedes aegypti em territórios de favela. 

  • Novos protocolos para vigilância de Aedes aegypti em territórios de favelas; 

  • Divulgação da dispersão do Aedes em 3 setores da Maré, mensalmente, relacionado a dados climáticos, socioambientais e epidemiológicos;   

  • Produção de diagnóstico entomológico e ambiental para determinação de futuros métodos alternativos de controle do vetor; 

  • Treinamento em vigilância entomológica de agentes comunitários;    

  • Material para pesquisa (incidência de Wolbachia, Banco de DNA de Vetores); 

b. Comunicação e divulgação dos resultados:  

1. Construção de um website acessível, com: 

  • Divulgação dos resultados da vigilância entomológica e sua relação com os determinantes ambientais das três favelas que participam do estudo, discutindo esses resultados sob a perspectiva da crise climática. 

  • Exposição dos resultados da oficina sobre a transformação do lixo ao longo das últimas décadas, fruto de trabalhos com as escolas municipais desses territórios, e a relação do lixo com as arboviroses; 

  • Exposição de fotos das oficinas de arte que produzirão esculturas feitas com o lixo recolhido, para chamar atenção da quantidade de lixo produzido diariamente e o impacto ambiental causado, em parceria com coletivos e escolas dos três territórios. 

  • Biblioteca com artigos de interesse sobre as arboviroses, com links e resumo em linguagem popular das principais informações neles contidas. A divulgação do website será feita nas várias organizações de base comunitária da Maré e através das mídias sociais e jornal local, distribuído mensalmente. 

 

2. Além do website, serão realizados vários trabalhos em colaboração com a organização Redes da Maré, com o eixo Saúde, expondo os resultados do projeto aos agentes de saúde da organização e desenvolvendo uma atualização em vigilância em saúde; e com o Eixo Educação, vamos mobilizar as escolas municipais para trabalhar os temas Crise Climática e Arboviroses, com ênfase no Aedes aegytpi

 

3. Acompanhamento da percepção dos moradores que fazem parte do projeto, sobre o mosquito Aedes aegypti e o meio ambiente, através da convivência com o agente em suas visitas e a partir das informações que serão entregues às comunidades sobre os resultados da pesquisa e discussões sobre os determinantes ambientais relacionados. Esses dados serão obtidos pela aplicação de um questionário no início (Mês 2) e no final (Mês 11) do projeto. 

  

c. Produção acadêmica:  

  • Artigos científicos publicados em revistas especializadas e sites acadêmicos;  

  • Possível desenvolvimento de monografias, dissertações e teses com os resultados gerados e expansão do projeto;  

  • Exposição de palestras, seminários em congressos específicos;  

  • Interação interdisciplinar com projetos complementares; 

  • Dashboard produzido pelo Observatório do Clima e Saúde (ICICT) com mapa espaço temporal da distribuição de Aedes, com associações socioambientais e epidemiológicas.  

 

Metodologia 

 

  • Fase 1:  Entendendo o território, recrutamento e qualificação de agentes comunitários em vigilância de Aedes  

 

  1. Nesta primeira fase do projeto (meses 1-3) iremos: i) contactar via Estratégia de Desenvolvimento Territorial Maré/Fiocruz,  as parcerias com organizações de base comunitária presentes no território para definição de critérios de seleção de agentes, e apoio ao mapeamento e estratificação das áreas que serão trabalhadas; ii) qualificar os agentes para exercerem atividades de vigilância de Aedes, além de se tornarem multiplicadores  de ações informativas e educativas sobre controle de mosquitos.  

  2. Iremos nos alinhar com setores e grupos de pesquisa da Fiocruz que desenvolvem atividades de promoção à saúde no território para compreendermos as condições socioespaciais do território, buscando informações gerais, como fornecimento e uso da água, serviços sanitários, tipos de criadouros, mapeamento sobre ações de controle de vetores realizadas previamente e em curso (ex.: Wolbachia), entre outros. Discutiremos com lideranças comunitárias, atentos a suas orientações e dados. 

  3. A seleção dos bolsistas será feita com apoio das organizações sociais de base comunitária que já são parceiras da Estratégia de Desenvolvimento Territorial Maré/Fiocruz em outros projetos, tais como Redes de Maré, Luta pela Paz, CEASM e Observatório de Favelas.  A disponibilidade necessária é de 20h semanais dedicadas ao projeto. Para o preenchimento das vagas, levaremos em consideração a equidade de gênero, de forma que no mínimo 50% dos bolsistas sejam mulheres.  

  4. Montaremos um curso de qualificação, nos moldes ao que já oferecemos a agentes municipais, mas adequado ao território, inerente às atividades a serem realizadas (medidas de prevenção às arboviroses, diferenciação taxonômica básica entre os principais mosquitos urbanos, formas de coleta e captura de mosquitos, formas de controle de mosquitos). Os agentes aprenderão como montar, instalar e recolher armadilhas de captura de ovos de Aedes (ovitrampas) https://www.youtube.com/watch?v=2w89kagSOKM&t=1154s, georreferenciar as armadilhas instaladas, contar ovos sob microscópio estereoscópico, tabular dados em planilhas e interpretar os resultados de dispersão e densidade dos ovos.  

  5. Nesta chamada (INOVA/Fiopromos), a disponibilização máxima de recursos permitirá a seleção de no máximo 3 agentes, limitando o monitoramento de 90 armadilhas (ver abaixo), cobrindo  três setores de 1,26 Km2 cada.  

 

  • Fase 2 - Vigilância entomológica (Aedes 

 

  1. Após a formação dos agentes sobre o método de coleta dos ovos de Aedes e registro dos dados, daremos início às atividades de vigilância, que consistem na avaliação da positividade de ovitrampas e a quantidade de ovos coletados por armadilha. Estes dados, associados ao georreferenciamento das armadilhas irá gerar mapas de calor, com dinâmica temporal de densidade de ovos no território.   

  2. O território será dividido em 3 setores (A, B e C), a serem definidas na fase 1. Em cada setor serão instaladas 30 ovitrampas/mês, distanciadas por 100m entre si, portanto compreendendo uma área de 0,42 Km2/setor. Na primeira semana do mês os agentes farão a instalação de 30 ovitrampas nas áreas “A”, “B” e “C”. Na segunda semana, as paletas serão recolhidas, levadas ao laboratório para secagem, contagem dos ovos e preenchimento dos dados. Na terceira semana os ovos serão estimulados à eclosão e as larvas mantidas até que se tornem adultos. Na quarta semana os adultos serão triados em Ae. aegypti e Ae. albopictus. O ciclo se repetirá nos meses seguintes. Com esses dados, serão calculados o Índice de Positividade de Armadilhas (IPO), Índice de Densidade dos Ovos de Aedes (IDO) e proporção entre as espécies de Aedes em cada setor, ao longo do tempo. 

  3. Esta rotina se repetirá mensalmente até o final do projeto (meses 4-12) - Pesquisadores e estudantes do Observatório do Clima e Saúde da Fiocruz farão análise dos índices de IPO, IDO e taxa aegypti/albopictus, associando-os à localização geográfica (GPS), dados climáticos e incidência de casos de arboviroses no território.   

  4. Os mosquitos resultantes serão criopreservados para estudos paralelos. Será extraído o DNA de uma amostragem destes mosquitos, que será depositado no bando de DNA de vetores da rede Vigilância Molecular de Insetos Vetores (edital INOVA IOC).   

  5. A partir do DNA depositado a equipe do laboratório irá definir a taxa de mosquitos infectados com Wolbachiae a frequência de kdr (marcador para resistência aos inseticidas piretroides).  

  • Fase 3 - Ações de Educação Ambiental  

  1. Realização de oficinas para discutir os resultados do projeto relacionando-os à saúde e ao ambiente no território com ênfase nas arboviroses. Essas oficinas serão realizadas pela equipe da Estratégia de Desenvolvimento Territorial Maré Fiocruz junto às organizações sociais da Maré que se dispuserem a participar e grupos envolvidos com ações referentes às mudanças climáticas na Maré. Junto às Organizaões, grupos e escolas situadas nas áreas de atuação do projeto, serão realizadas oficinas de arte para a construção coletiva de esculturas utilizando recipientes considerados criadouros potenciais para o Aedes, que serão expostas nas ruas da Maré, no sentido de chamar a atenção da população para a necessidade de despoluição do ambiente.   

 

Atividades e Resultados esperados

 

  • Teremos de forma inédita acompanhado a dispersão e a densidade do Ae. aegypti e avaliado novos produtos para o controle do vetor na Maré. As atividades serão conduzidas por agentes comunitários de saúde moradores da região, com qualificação permanente oferecida na Fiocruz  

  • Teremos dados precisos que possibilitarão o planejamento das formas de controle do Aedes. As análises acompanhadas de georreferenciamento, e associadas a dados climáticos e epidemiológicos locais serão reveladoras e possivelmente nos encorajarão a expandir o estudo para demais setores da Maré, ampliando a vigilância e estendendo a avaliação de estratégias de controle adequadas a este tipo de território, qualificando e incluindo mais agentes da localidade. Vale destacar que atualmente não existe uma periodicidade controlada de avaliação da dispersão e da flutuação de Wolbachia na Maré 4 anos após a estratégia ter sido usada nesta região. Como os mosquitos resultantes dos ovos coletados serão utilizados para depósito no banco de DNA da Rede de Vigilância Molecular de Vetores (INOVA IOC), teremos material para gerar informações sólidas sobre a persistência de Wolbachia na região, além de outras pesquisas. Adicionalmente, ações paralelas de comunicação com a comunidade, divulgando os resultados da pesquisa e promovendo ações de educação ambiental/ promoção à saúde se somarão às estratégias de parceria da comunidade da Maré com a Fiocruz, fortalecendo-as.   

  

Plano de disseminação dos resultados do projeto 

 

A comunicação científica dos resultados se dará pelo fluxo ordinário de submissão de artigos e eventuais dissertações e teses para o crivo da revisão por pares, além de palestras em encontros acadêmicos. Teremos ainda um site para compartilhamento dos dados de dispersão e densidade do vetor, associados a condições climáticas e epidemiológicas, que poderão ser acompanhados em tempo real, sendo também de interesse para os gestores municipais e núcleos comunitários. 

Para divulgação científica e popularização do conhecimento para promoção à saúde da população, pretendemos construir um Website que mostre os resultados nos territórios e os principais aspectos ambientais ligados à densidade vetorial, além de construir uma biblioteca virtual com os principais artigos científicos em arboviroses e seus resumos com linguagem simplificada para acesso através de link ou QR codes. Os agentes populares também serão multiplicadores do aprendizado durante o curso, não somente com relação às arboviroses, mas considerando também outros agravos importantes no território. Para promover a capilarização das informações, adotaremos o uso de mídias sociais com perfis específicos, utilizando linguagem e design adequados, em parceria com as organizações sociais do território.  

 

Cronograma Físico 

 

  1. Entender o território Maré: Estabelecer parcerias com organizações de base comunitária presentes no território para definição de critérios de seleção de agentes, e apoio ao  mapeamento e estratificação das áreas que serão trabalhadas – Meses 1 a 3.  

  2. Interagir com grupos de pesquisa do território - Realizar reuniões regulares para acompanhamento do projeto e realizar ajustes necessários – Meses 1 a 12.  

  3. Selecionar os agentes e realizar o curso de formação em vigilância entomológica para os agentes comunitários - Qualificar os agentes para exercerem atividades de vigilância e controle de Aedes, além de se tornarem multiplicadores de ações informativas e educativas sobre controle de mosquitos. Meses 1-3.  

  4. Definição da área de estudo - Divisão do território em três setores, levando em consideração os dados do Censo Maré (2019) para escolher as áreas de maior concentração populacional e com características ambientais variadas. Mês 3. 

  5. Vigilância entomológica do Aedes - Instalação e avaliação da positividade de ovitrampas e a quantidade de ovos coletados por armadilha. Para a definição das amostras nos três territórios, os mapas de guia de ruas desenvolvido pelo Observatório de Favelas da Maré (2016) serão usados, e atualizados através da plataforma Google Earth. Meses 4-12.  

  6. Realizar as análises espaciais e epidemiológicas - análise dos índices de IPO, IDO e taxa aegypti/albopictus, associados ao georreferenciamento das armadilhas e geração de mapas com dinâmica temporal de densidade de ovos no território, somados a dados climáticos e incidência de casos de arboviroses no território. Meses 4-12.  

  7. Depositar material coletado para pesquisas paralelas - Os mosquitos resultantes serão criopreservados para estudos paralelos. Será extraído o DNA de uma amostragem destes mosquitos, que será depositado no bando de DNA de vetores da rede Vigilância Molecular de Insetos Vetores (edital INOVA IOC). Meses 5-12.  

  8. Monitoramento de Wolbachia - Avaliação da dispersão e a flutuação da frequência de Wolbachia nos territórios avaliados. Meses 5-12.  

  9. Ações de educação ambiental - Oficinas para discutir a saúde ambiental no território com as Organizações sociais e Escolas do território e sua relação com as arboviroses. Meses 3-12.  

  10. Divulgação dos resultados e popularização da ciência - Criação de site e peças para mídias sociais. Meses 4-12.  

 

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